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(27/08/2015) Aconteceu na última terça-feira (25/08), na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), audiência pública para discutir a formação de uma Política Estadual de Apoio ao Futebol Amador. Com o propósito de debater a prática do esporte amador na região metropolitana de Belo Horizonte e discutir melhorias para seu desenvolvimento, a sessão contou com as presenças do Vice-Presidente da Federação Mineira de Futebol (FMF), Ernani do Carmo, do Supervisor de Futebol Amador, Sério Romanelli e do Presidente da Comissão de arbitragem, Giulliano Bozzano.
Entre os principais aspectos ressaltados durante o evento, desataca-se a desativação dos campos em virtude de especulação imobiliária, a precária estrutura dos espaços que ainda estão em funcionamento e a falta de apoio público e privado para o funcionamento das escolinhas e a organização das competições.
O Vice-Presidente da FMF, Hernani do Carmo, frisou que é necessário haver uma maior articulação entre as pessoas envolvidas com as atividades, a fim de que as demandas sejam atendidas e que as necessidades possam ser supridas. “É bom ver todos unidos aqui em prol do futebol amador, mas a verdade é que ele ainda representa um sacrifício para quem o leva nas costas. As ligas ainda vivem do esforço dos seus presidentes”, lamentou.
Tendo em vista a situação que a maioria dos campos da cidade apresenta, o Supervisor de Futebol Amador, Sérgio Romanelli ressaltou que 95% destes espaços estão em terrenos pertencentes à Prefeitura da Capital e necessitam de obras de infraestrutura. “A Federação encara o futebol amador como instrumento de cidadania. Temos em Belo Horizonte 150 clubes organizados em três divisões e destinamos anualmente R$ 900 mil à modalidade. Arcamos com todos os custos e precisamos de mais apoio”, cobrou.
Por fim, o Presidente da Comissão de Arbitragem, Giulliano Bozzano, defendeu a necessidade de oferecer ao árbitro amador maior segurança e condições de trabalho. “Temos déficit de árbitros porque poucos ainda têm coragem de trabalhar em um campo de futebol amador. Eles são agredidos em um campeonato, o atleta é suspenso, mas reencontra o infrator em outra competição, que vai à forra. É preciso integrar a justiça desportiva no âmbito amador”.
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