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(22/01/2019)
O ano é 1933. O profissionalismo tinha sido implantado no futebol brasileiro e a recém-criada Associação Mineira de Esportes (AME) promove um sonho antigo dos futebolistas do Estado, que é a unificação entre as duas principais Ligas que eram jogadas, a de Belo Horizonte e a de Juiz de Fora.
E dentro desse contexto, Tupi e Tupynambas, que rivalizavam na época pela hegemonia na Zona da Mata, fazem história, pois disputam o primeiro clássico do interior de Minas Gerais dentro da Primeira Divisão do Estadual.
Nesta quarta-feira (23), os dois centenários clubes, fundados num intervalo de menos de um ano, no início dos anos 1910, estarão novamente em campo. A partir das 20h eles fazem o clássico mais antigo do interior mineiro, considerando-se a geografia da bola e que os times de Nova Lima jogavam a Liga de Belo Horizonte, se enfrentando pela primeira vez, pelo Módulo I do Estadual, no Estádio Municipal Radialista Mário Helênio.
PROFISSIONALISMO
O Campeonato Mineiro de 1933 teve seis representantes da Liga de Belo Horizonte - América, Atlético, Palestra Itália (Cruzeiro), Siderúrgica (Sabará) e Retiro e Villa Nova (Nova Lima). Os nove participantes foram completados por Sport, Tupi e Tupynambas, todos de Juiz de Fora.
A competição foi marcada por uma curiosidade, pois o regulamento previa a disputa de três torneios dentro de um só. Todos os times se enfrentaram em turno e returno, com os jogos válidos pelo Campeonato Mineiro.
Mas as duas respectivas ligas também eram jogadas dentro do Estadual de 1933. Assim, os jogos entre os clubes de Juiz de Fora valiam também pelo campeonato da cidade da Zona da Mata, com o mesmo acontecendo com as equipes de Belo Horizonte, Nova Lima e Sabará, pois os placares entre elas apontariam o vencedor do Campeonato da Cidade.
E em 25 de junho de 1933, logo na segunda rodada, o Tupi, que seria o vice-campeão mineiro (o título ficou com o Villa Nova), mas campeão da Liga de Juiz de Fora, venceu por 2 a 1 o Tupynambas, que era o atual bicampeão da cidade da Zona da Mata com as taças conquistadas em 1931 e 1932.
Naquele dia, Lage, do Tupi, um dos artilheiros do Campeonato Mineiro de 1933, com 13 gols, ao lado de Paulista, do América, e Canhoto, do Villa Nova, passou em branco. Quem brilhou com a camisa Carijó foi o atacante Néri, que marcou duas vezes. Cláudio descontou para o Baeta.
Ainda pela edição de 1933 os dois clubes voltaram a se enfrentar, em 5 de novembro, com nova vitória do Tupi, dessa vez por 3 a 2, mas essa partida foi posteriormente anulada pela Associação Mineira de Esportes.
1970
A segunda e última vez que Tupi e Tupynambas se enfrentaram numa edição da Primeira Divisão do Campeonato Mineiro foi em 1970, quando eles integraram o Grupo B da primeira fase. Foram mais dois confrontos, com um empate sem gols e uma vitória Carijó por 2 a 0.
Portanto, no confronto desta quarta-feira, há um tabu em campo, pois o Tupi nunca perdeu para o Tupynambas no Módulo I do Estadual. História não falta no clássico Tu-Tu, que é o Jogo da segunda rodada do Campeonato Mineiro.
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