(12/03/2018) A campanha Raros em Campo trouxe na última rodada do Campeonato Mineiro Sicoob a história de Gabriela Freitas Ferreira. Nesse domingo (11), acompanhada de sua mãe Sheile Freitas Ferreira, ela entrou em campo na Arena Independência com os jogadores de Atlético e Tombense e realizou um sonho.
Gabi tem 20 anos de idade e é portadora da rara Síndrome de Angelman, que acomete uma a cada 12 mil crianças. É uma síndrome de difícil constatação em recém-nascidos e na infância, uma vez que os problemas de desenvolvimento não são específicos nesse período.
Entre os sintomas clínicos consistentes, isto é, que estão presentes em todos dos casos, destacam-se o atraso do desenvolvimento e a incapacidade de fala. São observados, ainda, problemas de movimento e equilíbrio, com inabilidade de coordenação dos movimentos musculares voluntários ao andar e/ou movimento trêmulo dos membros.
Ao nascer, Gabi teve sofrimento fetal e, por falta de oxigênio, foi primeiramente diagnosticada com paralisia cerebral. Após alguns meses e vários exames, todos com resultados normais, ela apresentava um quadro constante de convulsões e seu diagnóstico permanecia incerto.
Somente aos cinco anos de idade, através de um exame específico (cariótipo de alta resolução), Gabi foi diagnosticada com Síndrome de Angelman. Saber qual era a doença da filha permitiu à família controlar as convulsões com as medicações adequadas e direcionar melhor os tratamentos.
Dividir tais experiências e divulgar informações a respeito das doenças raras nos permite criar uma rede de cooperação, que nos une no objetivo de melhorar a qualidade de vida dos raros.
Foto: Alessandra Torres
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