A Federação Mineira de Futebol foi representada pelo Dr. João Vitor Nassaralla no IV Simpósio de Educação Continuada da Comissão Médica e de Combate à Dopagem, organizado,  nos dias 26 e 27 de novembro, pela CBF. 

Profissionais de diversas localidades do país discutiram os avanços dos procedimentos médicos aplicados nos tratamentos dos atletas de ponta do futebol nacional e as diversas funções do Departamento Médico na rotina das equipes, desde a contratação à recuperação e padronização das avaliações para retorno do jogador ao exercício das funções do atleta de futebol.

O médico do Atlético e da Seleção Brasileira, Dr. Rodrigo Lasmar, falou sobre os desafios da área médica na participação da Seleção Brasileira na Copa da Rússia, desde a apresentação de jogadores lesionados até a recuperação de atletas durante a competição.

Charles Oliveira, fisioterapeuta do Cruzeiro e das seleções de base, fez parte da mesa que abordou o tema “Critérios para retorno ao futebol após lesão”, com troca de experiências para minimizar a ocorrência de lesões, entre outras questões.

A médica do futebol feminino do América e da Seleção Brasileira Feminina, Flávia Magalhães, também esteve presente, e a categoria foi abordada com destaque para a importância do avanço na preparação física das atletas, além da importância de se desenvolver trabalho específico para os times femininos, em função das diferenças físicas e fisiológicas.

Confira as impressões do Dr. João Vitor Nassaralla e um pouco do trabalho que será desenvolvido pela Federação Mineira de Futebol junto aos filiados:

1- O que achou dos temas propostos pelo Simpósio da CBF?

Esse foi o quarto simpósio médico q a CBF organiza e foi o maior de todos. Nunca tinha sido tão grande, com médicos das 3 divisões (Séries A, B e C), das federações, equipe antidoping, foram mais de 150 médicos no total.

Os temas foram ótimos, foi tratado sobre tecnologia e futebol, tecnologia para recuperação dos atletas, experiência da seleção na copa da Rússia, experiência dos diferentes clubes aqui do Brasil.

2- Qual a expectativa para os demais módulos do Simpósio?

A expectativa para os próximos simpósios é que (o número de participantes) cresça cada vez mais, a CBF está com essa política de estimular a criação dos comitês médicos nas federações, o que só existe na federação paulista e agora na mineira, e a CBF vê com bons olhos e está dando todo o apoio e estímulo para continuarmos.

3- Como "posiciona/avalia" as condições da medicina esportiva do futebol nos clubes que disputam o nosso Campeonato Mineiro, em especial os três times da capital?

Em Minas Gerais os departamentos médicos são fortes nos clubes da capital, os clubes têm departamento médico muito bem estruturado, muito completo, com uma equipe grande. Os clubes do interior, por razões de custo, não têm um departamento médico tão completo, e alguns nem tem o departamento médico estabelecido. É para esses clubes que a Federação Mineira quer olhar com mais carinho, a partir do momento que a gente cria esse comitê, umas das principais funções vai ser dar apoio médico aos clubes do interior. A gente vai dar todo suporte técnico que precisarem, qualquer dúvida eles entram em contato, vamos criar protocolos, porque às vezes um médico não sabe por onde começar, e aí eles seguem os nossos protocolos, vai ser uma “receita de bolo” pra dar tudo certinho. 

Também não descartamos fazer visitas para assessorar na estruturação do departamento médico (dos filiados). A partir de 2022 os clubes deverão ter o Departamento Médico estabelecido (atualmente apenas clubes da Série A atendem à exigência). Vamos ter esse papel de dar assessoria aos clubes do interior para o bem do futebol mineiro, para aumentar a segurança dos atletas, para aumentar a performance deles e, consequentemente, (melhorar) o espetáculo, o jogo.